de longe, me olham
- o que verão?
não me captam
sequer de mim suspeitam
impedidos que estão
por tantas certezas
vendas e ataduras
- vês os pássaros, meu amor, vês?
voam sem saber que voam
a simplicidade da vida sem palavras
resumida ao genético bater ritmado das asas...
quem sabe, se eu fosse pássaro...
mas meu vôo, amigo, é solitário
e não há de ser pelo calor do sol
que migro
'
- o que verão?
não me captam
sequer de mim suspeitam
impedidos que estão
por tantas certezas
vendas e ataduras
- vês os pássaros, meu amor, vês?
voam sem saber que voam
a simplicidade da vida sem palavras
resumida ao genético bater ritmado das asas...
quem sabe, se eu fosse pássaro...
mas meu vôo, amigo, é solitário
e não há de ser pelo calor do sol
que migro
'
Imagem: Salto, Thomaz Farkas
5 comentários:
Lindo poema Márcia. Leve! Já sou sua seguidora. Bj e boa sorte no desafio. Em quais gêneros vc está?
A última estrofe foi simplesmente linda! Adorei (como sempre)!! =]
Nossa, Marcia... que lindo isso!
sinto-me muito, mas muito feliz quando percebo o quanto você é capaz de se reinventar. E, lendo-a, percebo o quanto sou discípulo da sua poesia.
Um beijo
V.
Que lindo! Adorei o "voam sem saber que voam". O atavismo é soberano.
Lendo esse poema sou tomado pela mesma emoção que me inspira a Rapsódia sobre Tema de Paganini, de Rachmaninov.Só pra mostrar que me toca profunda e maravilhosamente!
Parabéns, Márcia
Postar um comentário