SONETO EM SÍNCOPAS
Amor tem sempre razão
mesmo que dela amiúde assim tão desprovido.
Amor ordena o sem sentido
põe umas gotas de vida
onde a morte andava escondida.
Adoça um tanto a amargura,
que o melhor de amar é a fartura
das sensações que, qual vento,
sopram asas-movimento às ideias e aos corpos.
Assim magicamente tocados
fazem vôos, vão distante...
Amor põe cores, cheiros, gostos
em imagens branco-e-sépia esquecidas na memória.
Amor subverte o tempo: transforma em antes o agora.
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Um comentário:
Soneto lindo:
o amor, de fato,
por mais insensato,
tem sempre razão...
Saudades daqui!
Um beijo,
Doce de Lira
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