segunda-feira, 11 de outubro de 2010

SONETO EM SÍNCOPAS


Amor tem sempre razão
mesmo que dela amiúde assim tão desprovido.
Amor ordena o sem sentido
põe umas gotas de vida

onde a morte andava escondida.
Adoça um tanto a amargura,
que o melhor de amar é a fartura
das sensações que, qual vento,

sopram asas-movimento às ideias e aos corpos.
Assim magicamente tocados
fazem vôos, vão distante...

Amor põe cores, cheiros, gostos
em imagens branco-e-sépia esquecidas na memória.
Amor subverte o tempo: transforma em antes o agora.

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Um comentário:

Renata de Aragão Lopes disse...

Soneto lindo:
o amor, de fato,
por mais insensato,
tem sempre razão...

Saudades daqui!

Um beijo,
Doce de Lira