sábado, 13 de agosto de 2011

ENOUGH

há sempre um não
ou um traço
ou uma porta
uma pedra que o caminho interdita

há sempre um frio
algum medo
ou tristeza
um dedo mau que cutuca a ferida

e tanto faz
se é de dor
ou saudade
que a voz extingue de tanto que grita

pouco me importa
qualquer ódio
ou meu corpo

e que o tempo
não volte no tempo

ou o resultado
não seja perfeito

a mim pouco importa
que não seja eterno
de qualquer jeito, minha escolha é a vida

(e que tudo mais vá pr'o inferno!)

`

Um comentário:

Renata de Aragão Lopes disse...

Melodioso...
Adorei!

Beijo,
Doce de Lira