quarta-feira, 2 de novembro de 2011

SONETO DO OLHAR SEM LUZ


há escuro sempre e tanto

que a luz se assusta e esconde

sob as pálpebras reflexos

do que brilhava ainda quando


e onde quase nada se apagara

no tempo antes do tempo

correr e tingir o espaço

de vermelho como sangue


tudo era então cor e vida

e diante dos pés o caminho

era futuro e prometia


mas foi-se embora a estrada

colorida e desprovido de luz

finda o olhar em pleno dia

3 comentários:

Ermanno Tedesco disse...

Dói.

Unknown disse...

Que triste!

Anônimo disse...

Oi, Márcia!

Gostei do seu cantinho literário. Nada melhor do que escrever para tatear os sentimentos e emoções!
Esses versos me refletiram e compartilhei de uma leitura dolorosa, mas doce. Um vento frio, mas necessário!

Bjo

Ariadne Valentim