há escuro sempre e tanto
que a luz se assusta e esconde
sob as pálpebras reflexos
do que brilhava ainda quando
e onde quase nada se apagara
no tempo antes do tempo
correr e tingir o espaço
de vermelho como sangue
tudo era então cor e vida
e diante dos pés o caminho
era futuro e prometia
mas foi-se embora a estrada
colorida e desprovido de luz
finda o olhar em pleno dia
3 comentários:
Dói.
Que triste!
Oi, Márcia!
Gostei do seu cantinho literário. Nada melhor do que escrever para tatear os sentimentos e emoções!
Esses versos me refletiram e compartilhei de uma leitura dolorosa, mas doce. Um vento frio, mas necessário!
Bjo
Ariadne Valentim
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