terça-feira, 7 de abril de 2009

a coisa


quando ela vem
nada posso
então me rendo

é uma onda
um raio, um choque
me atravessa
ultrapassa-me o corpo
me transcende
me transforma
e mesmo rindo
sou refém

quando ela vem
não sou mais eu
viro veículo
meio, apenas
vou correndo
flecha

o tudo
o sempre
o mais querendo
a vida plena
é a meta

Um comentário:

Beatriz disse...

Das Ding. Pulsão, meta, força. vicissitudes, vicios.
Grande Márcia. Sempre excelente.
A coisa tb me faz capotar nas quatro rodas.