tropeço sempre na mesma pedra
que há tempos está no caminho dos homens
tropeço no silêncio em cujo eco mergulho
e já não encontro do mim sequer um retalho
que sirva de identidade ou retrato
a ser posto em moldura de mármore
tropeço sempre no mesmo ponto
me engasgo na mesma letra
pronúncia impossível e incompleta
encerra sempre minhas frases
com fugidias reticências
onde está essa resposta ao enigma
que o corpo reiteradamente grita?
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