quinta-feira, 14 de abril de 2011

CONTRASTES

vejo o dia
claro e azul
e sou eu
azul e clara

vejo o mundo
ensolarado
vaga minh'alma
revigorada

sinto o tempo
que me atravessa
sou eu que pulso
no pulsar do tempo

só não vejo o mar
que está longe
mas ainda assim
sou eu toda água salgada

(deparo-me, atônita, com uma dessas transparências
um desses poros inesperados
que abrem um caminho infinito de sentidos
e ao mesmo tempo
calam em nós
como um ponto)

'

3 comentários:

Anônimo disse...

Bom ver-te, Marcia. Excelente.

João A. Quadrado disse...

[na palavra, o tudo o mundo que foi criado para que nela se aconteça]

um abraço,

Leonardo B.

Renata de Aragão Lopes disse...

Belo poema!

Um beijo,
Doc de Lira