as mãos na terra
como raízes
desarvorada procura
amarra
âncora
bola de ferro, grade ou corrente
(meu deus, salvai-as!)
pobres mãos sem corpo
sem tato, frias
ovelhas negras
e desgarradas
retalhos, restos
que, decepadas, nem são mais mãos...
despedaçadas
são carne viva amortecida
já foram laço
não são mais nada
de remo e velas destituídas
são naus de náufrago
sós
e à deriva
'
2 comentários:
...clap clap clap...
Lindo poema!
bjs
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