todos os pontos me fogem
e fico, assim, sem perspectiva
ponta solta de fio pendente
só uma parte de mim é viva
há tantos traços interrompidos
tantos rascunhos por mim desfeitos
que já não sobram nem cor nem lápis
pra desenhar meu amor-perfeito
fiz a paisagem em aquarela
de traços leves
mãos delicadas
caiu-me a chuva bem no desenho
borrou as formas
o resto é nada
'e fico, assim, sem perspectiva
ponta solta de fio pendente
só uma parte de mim é viva
há tantos traços interrompidos
tantos rascunhos por mim desfeitos
que já não sobram nem cor nem lápis
pra desenhar meu amor-perfeito
fiz a paisagem em aquarela
de traços leves
mãos delicadas
caiu-me a chuva bem no desenho
borrou as formas
o resto é nada
IMAGEM: CLAUDE MONET - IMPRESSION: SOLEIL LEVANT
3 comentários:
muito bonito!
Fantástico soneto!
Boa tarde marcia, acompanho a algum tempo suas poesias e coloquei uma das suas no meu blog querendo passar lá depois e ar uma olhada
windljr.blogspot.com
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