quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

POEMA PARA O ANO QUE NUNCA É NOVO

o tempo segue
indiferente e indomável

o tempo passa, apenas
não sabe de nós
nem dos números
ou das eras, dos modos de produção,
das guerras

não sabe das lembranças
ignora saudades
aromas, infâncias

as marcas que temos
são nossas marcas,
não marcas do tempo

o tempo é o tempo
mais nada

ele vem, incontinenti
enquanto ficamos,
um pouco sempre os mesmos,
e a cada dia diferentes

um dia, desapareceremos
e o tempo continuará
para sempre
em frente




2 comentários:

José Luiz N de Mello Jr disse...

Muito bom!! Como diz minha filha, GOSTI.

Anônimo disse...

Adorei! Refletiu bem o que ando sentindo em relação ao tempo... (Ariadne)