um pé, depois o outro
eles seguem
cegos que são
às armadilhas do percurso
um pé, depois o outro
não olhe agora
que a ponte pende e o abismo é fundo:
há pântano
e bocas abertas
há visgo
e do escuro ecoam sons inomináveis
os olhos traem
trazem das sombras
eles seguem
cegos que são
às armadilhas do percurso
um pé, depois o outro
não olhe agora
que a ponte pende e o abismo é fundo:
há pântano
e bocas abertas
há visgo
e do escuro ecoam sons inomináveis
os olhos traem
trazem das sombras
o vulto da morte
sedutora
fingida de mãe sempre pronta ao abraço
um sussurro:
um pé, depois o outro
fingida de mãe sempre pronta ao abraço
um sussurro:
um pé, depois o outro
(a palavra tão sólida... podia tomá-la nos braços!)
há o dia
o corpo pulsa
no olhar se reflete o horizonte
imagem: the equilibrist, romero-leo
fonte da imagem: http://romero-leo.deviantart.com/art/The-equilibrist-140631825
Um comentário:
Lindo!
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