terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

[tanto passado persiste...]


tanto passado persiste
em rostos e vozes
e cheiros e toques
cenas, lugares, canções...

tanto do tempo que não quer passar
tanto de gente que já foi ficando
porque passa o tempo fora
mas dentro o relógio vai parando
num minuto
em qualquer dia
a qualquer hora
sem aviso
perde a pilha
perde a corda...

dorme, dorme, menininha
que o monstro que te acorda
era vidro e se quebrou...

dorme, dorme,
canta lá, minha avozinha,
que o amor que tu me tinhas
era tanto
e acabou...

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imagem: fachada do antigo Instituto de Educação Caetano de Campos

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