sons puros tintos de preto e branco
escancaro diante deles as janelas da alma
deixo que venham, que entrem, que passem
pelos meus mais escuros cantos
notas noturnas, acordes perfeitos
me iluminam na aurora antecipada
aquecem o que em mim já quase morria
de frio, solidão, incerteza ou medo
vibrações leves, trinados, legatos
dedos mágicos sobrevoam o teclado
espuma suave que avança scherzando
melancólico piano que me habita
grita ao mundo minha dissonante melodia
antes que rebentem as cordas do desejo
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Um comentário:
Márcia,
que delícia retornar aqui
e me deparar com um soneto!
Um abraço,
Doce de Lira
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