quando o inverno urbano envolve o mundo
em cinzenta monotonia
ponho-me a procurá-la
em qualquer canto ou no fundo
da memória, da bagunça da sala
ou do álbum de fotografia
em alguma célula ou recanto
de uma crista de mitocôndria
misturada ao que recordo de infância
bolinhos, risadas, um dia na praia,
sinto-a surgindo, primeiro nos olhos
depois nos ouvidos
enchendo-me pouco a pouco
a alma de melodia,
cujas cores em aquarela
se diluem na garoa fria
e, de repente, quando menos espero,
dou com ela:
minha alegria
'
4 comentários:
de certo modo, continua no tema de cronos... notou?
gostei... a alegria se esconde-esconde... 1, 2, 3...
beijo, márcia!
bom texto!
márcia, esse poema é um sorriso. um riso.
tinha um melancolia nas últimas coisas que postou, mas o cinza urbano/humano deu lugar às cores.
muito bom!
beijos.
Lembranças coloridas...
Lindo!
Gostei demais do teu blog, especialmente dessas cores.
=*
Postar um comentário