estático na parede
o relógio
já não batem os pêndulos
há tempos sem som
o cuco morreu
os ponteiros como flechas
apontam para o nada
congelados algarismos
desprovidos de sentido
mas há horas...
as horas,
essas caminham lá fora
no dia nublado
escorrido de garoa
as horas
vão passando
inominadas e secretas
as horas, hoje,
sentem frio
o relógio
já não batem os pêndulos
há tempos sem som
o cuco morreu
os ponteiros como flechas
apontam para o nada
congelados algarismos
desprovidos de sentido
mas há horas...
as horas,
essas caminham lá fora
no dia nublado
escorrido de garoa
as horas
vão passando
inominadas e secretas
as horas, hoje,
sentem frio
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6 comentários:
tempo tempo tempo
faça chuva ou sol
o tempo não para...
Beijos!
belo poema e bela ilustração.
essa não-hora que passa!
beijos.
há horas que falam, essa me disse pra vir aqui neste poema de levar na alma!!
beijo
Lindo poema, professora.
Beijos,
Tchelo.
boa descrição do que desejo me esquecer...
horas?
ora bolas!
Saudades do cuco
da minha infância...
E os relógios, hoje,
quase nem têm ponteiros...
A era digital
trouxe um certo desencanto
- ao menos pra mim,
do ano de 76
e apaixonada pela década de 50!
Um beijo, Márcia!
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