é que nunca se sabe quando e como ela virá
é que, se pudéssemos, bem que escolheríamos
o por do sol, as ondas do mar
o abraço infinito do filho, do amor, do amigo
é que nunca se pensa que ela está aí, sempre à porta
surpresa prevista, vago aceno, ameaça constante
como, onde, que motivo, pouco importa
ela virá sem perguntas, fará absoluto o instante
e tudo o que nos é dado pedir, é que venha calma
que seja serena
sono contínuo, talvez com sonhos
sem dor, sem medo, sem despedida
doce Átropos
que traga um sorriso
enquanto nos corta o fio da vida
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4 comentários:
Um tema difícil, abordado com uma sensibilidade franca.
Somos assim, humanos: seguimos desejando - a presença de Eros.
Abraços, bons caminhos...
a fiação
nunca se esgota
no coração
bom, márcia!
oamortedá
amortetira
A vida é tão rara!
Beijos Marcia!
"é que nunca se sabe quando e como ela virá"
Sim...
Que venha calma, serena,
sono contínuo,
talvez com sonhos.
Leitura mais bela
que já vi sobre o tema!
Falou dela
tão suave
como a pedimos
que, um dia,
seja...
Que inspiração, Márcia!
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