numa rua da cidade do país do mundo
a casa
no canto da gaveta do armário do quarto
a caixa
no coração cristalino envolto no papel de seda
a concha
espalhados pelas reviravoltas calcárias do antigo caramujo
o ser
pura espera
anseio estático
o momento feito eternidade
que chegue logo o sapo
o príncipe
que venha logo
a mordida ácida ou o beijo
qualquer movimento
que seja
que faça
liberdade
'
fonte da imagem:http://media.photobucket.com/image/molusco%20microscopia%20eletronica/philipe3d/bolamaluca.jpg
6 comentários:
Ruim demais ficar e sentir-se presa à espera, à espera, de um olhar, de uma explicação, do amor chegar, permanecer ou passar...
Bjinhos
Boa semana
Muito legal o visual do poema! Tanto a estrutura dos versos no papel, quanto as imagens que provoca na imaginação =]
Bjos.
... agora fiquei meio vergonhoso de comentar... EU ADOREI!
Márcia, de onde vem tanta sensibilidade?
Demais, muito, mas nunca o bastante...
O detalhe na escolha das palavras e na quebra dos versos. Puxa...
ADOREI!
Ai...
Márcia,
apaixonei-me pelo começo do poema:
"numa rua da cidade do país do mundo
a casa
no canto da gaveta do armário do quarto
a caixa
no coração cristalino envolto no papel de seda
a concha"
Inspiração magnífica!
Um beijo.
Ps: saí do Estúdio,
mas permanecerei por aqui. : )
do grande ao pequeno
do dentro de fora
pro dentro por dentro -
a palavra guia.
bonito!
bons caminhos, abraços...
Oi Moça:)
Que bonito teu poema!
Lí
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