estranha força que me mantém
atada a ti e ao tempo
que me restringe o movimento
torna-me a voz enfraquecida...
como o sopro de um vampiro
suga-me a cor e a vida
torna-me voluntariamente cativa
do amor algoz que nunca tive...
o passo quer dar-se
mas os pés prendem
âncoras, ao poço infinito
me lançam
repetidamente...
olhos abertos
não vejo escuro nem claro
e já não sei se tenho as formas
que me deixaste marcadas...
perco o rumo, perco a hora
perco-me toda no mundo...
vinda de um sonho roubado
pelo amanhecer inesperado
sou, apenas,
sem futuro
sem predicativo
mera sobra de um desejo intransitivo...
atada a ti e ao tempo
que me restringe o movimento
torna-me a voz enfraquecida...
como o sopro de um vampiro
suga-me a cor e a vida
torna-me voluntariamente cativa
do amor algoz que nunca tive...
o passo quer dar-se
mas os pés prendem
âncoras, ao poço infinito
me lançam
repetidamente...
olhos abertos
não vejo escuro nem claro
e já não sei se tenho as formas
que me deixaste marcadas...
perco o rumo, perco a hora
perco-me toda no mundo...
vinda de um sonho roubado
pelo amanhecer inesperado
sou, apenas,
sem futuro
sem predicativo
mera sobra de um desejo intransitivo...
`
imagem: luz e sombra, por marcia szajnbok
2 comentários:
Bonita a foto. Dilacerante a idéia de roubar um sonho sem futuro.
Tremendo pomea
Muito bonito e de imenso bom gosto este post e a escolha do poema.
Postar um comentário