A escrita é um vício. Como fazer a realidade se encaixar na embalagem imperfeita das palavras?
Sempre falta um pouco. Ou sobra.
Mas, como num jogo, o desafio captura. É um videogame pessoal, a escrita.
Quando parece que a temos, a idéia escapa, ou cresce, ou se transforma. E, já outra, nos provoca a começar tudo de novo. Este game nunca é over.
Trocam-se letras, testam-se outras, refazem-se parágrafos e versos. E já não sabemos quem é Aquiles e quem, a tartaruga, nesse esconde-esconde léxico e estilístico que reinventamos a cada dia.
A escrita é um vício porque realidade e palavras são peças de diferentes puzzles. Não encaixam.
Por um breve tempo, iludem.
O sentimento posto no papel parece de verdade. Mas logo já não é. E, então, quer-se mais.
Às vezes, escreve-se com rapidez, na expectativa de que as palavras alcancem a substância.
Mas ela, que afinal é em nós uma criança, ri-se de tamanha arrogância. Corre, foge, enfia-se em algum canto insuspeito da alma e espera. São os dias de silêncio.
Mas, então, num momento qualquer, inesperado, põe as asinhas de fora, sedutora. E, para tentar segurá-la, corremos à caneta, ou ao lápis, ou às teclas. E a brincadeira recomeça.
Enquanto verdade e palavra se divertem dentro de nós, somos percorridos por esse arrepio, esse prazer.
A escrita toca o corpo. Nos faz jovens. É antidepressivo.
A escrita é movimento, é batimento, é pulsar.
A escrita é o jeito que temos de tornar um pouco da vida, infinita.
Sempre falta um pouco. Ou sobra.
Mas, como num jogo, o desafio captura. É um videogame pessoal, a escrita.
Quando parece que a temos, a idéia escapa, ou cresce, ou se transforma. E, já outra, nos provoca a começar tudo de novo. Este game nunca é over.
Trocam-se letras, testam-se outras, refazem-se parágrafos e versos. E já não sabemos quem é Aquiles e quem, a tartaruga, nesse esconde-esconde léxico e estilístico que reinventamos a cada dia.
A escrita é um vício porque realidade e palavras são peças de diferentes puzzles. Não encaixam.
Por um breve tempo, iludem.
O sentimento posto no papel parece de verdade. Mas logo já não é. E, então, quer-se mais.
Às vezes, escreve-se com rapidez, na expectativa de que as palavras alcancem a substância.
Mas ela, que afinal é em nós uma criança, ri-se de tamanha arrogância. Corre, foge, enfia-se em algum canto insuspeito da alma e espera. São os dias de silêncio.
Mas, então, num momento qualquer, inesperado, põe as asinhas de fora, sedutora. E, para tentar segurá-la, corremos à caneta, ou ao lápis, ou às teclas. E a brincadeira recomeça.
Enquanto verdade e palavra se divertem dentro de nós, somos percorridos por esse arrepio, esse prazer.
A escrita toca o corpo. Nos faz jovens. É antidepressivo.
A escrita é movimento, é batimento, é pulsar.
A escrita é o jeito que temos de tornar um pouco da vida, infinita.
hoje o PoeticaMente faz aniversário... agradeço a todos que, neste um ano, gastaram uns minutinhos do seu tempo para ver minhas palavras... espero ainda trazer muitas!
um abraço
marcia szajnbok
marcia szajnbok
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9 comentários:
quando vai ser a festinha do primeiro aniversario? vai ter brigadeiro e bolinho de queijo?
bexigas e tudo o mais.....
agora falando serio parabens pelo primeiro ano lendo tudo o que vc. escreveu parece que ja estas formada ha muito tempo . Estou com um probleminha no teclado desde que uma pessoa muito querida esteve aqui e conseguiu "gabunçar a rabaquinha" por isso tenho algumas dificuldades de mudar a linha colocar caixa alta ,etc.. enfim o teclado ficou com vontade propria, mas prometo que em breve vou resolver problema. Beijos e abraços do tio que te quer muito bem e te admira mais a cada dia que passa. Celso
sabe que eu adoro você
sabe que eu tenho queda de ficar babada por seu jeito de dizer
sabe disso, não sabe, menina?
sabe também que eu gostava de dar um dia (um minuto apenas) aquele abraço nessa menina
cheirar o cheiro que ela deve ter a tangerina( se é outro deve ser bem doce, com um travo amargo para que vida pareça mais suave)
e vê, queridda, as palavras saltam por aqui desmedidas e eu afinal queria apenas dizer-lhe obrigada por ter-te conhecido e escrever a palavra saudade que abraça tudo
e deixar um beijo com parabéns entrelaçado
Professora,
Foi a primeira vez que eu visito, mas desejo feliz aniversário ao seu blog.
A propósito, nada mais apropriado do que comemorar o blog com um "post lacaniano" =)
Mas foi uma leitura bem gostosa, sua metaescrita... Se bem que já li em algum lugar que "não existe metalinguagem"
Bessitos, e até a volta às aulas!
Parabéns Marcia...adoro te ler....bjosssss
Parabéns, Márcia!
Sucesso ao PoeticaMente
e felicidades a quem lhe dá vida!
Que não haja,
de fato,
game over!
Um beijo,
doce de lira
Oi Márcia,
obrigada, amiga, por partilhar suas idéias e sensibilidade. Ao seu primeiro ano e às (muitas) palavras futuras: Saude!
Beijos,
Chis
Querida
Escrever é mesmo movimento, paixão e busca. Pode ser mais que isso - achar um pedacinho de nós que era desconhecido e logo se transforma em papel escrito e compartilhado.
Que bom saber que também isso nos aproxima!
Beijos da sua "cria" (lembra do que você disse para o meu pai, uns bons anos atrás?)
Tati
Já que tu falastes da arte da escrita, e com a destreza de quem é do ramo, queria deixar aqui algo que escrevi, aliás também gosto de escrever. Então aqui vai, à guisa de comentário, o poeminha que segue. Prazer, João
À BOCA
Há que ser
Em lábios
A língua
Ao fogo
Do lamber
Palavras
E brindá-las
Às curvas
Que a boca
Degustá-as
Até o há que
Ser: ó poema!!!
Parabéns, Doutora!
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