quando chegou parecia enorme a rua
e, tão pequenos os pés,
cada passo pouco avançava
novidades, cantos e risos
e pouco importava o quanto
parecia longo o caminho
ou o quanto a rua crescia
bem diante de seu sorriso
mas já nem tudo floria
havia becos escuros
soluços, partidas
e sombras por trás dos muros
naquela estranha estrada
quanto mais longa a caminhada
mais queria seguir
quem sabe mesmo andar sempre
não ter nenhuma parada
não ter jamais que partir
numa tarde azul e fria
deu um passo comum, corriqueiro
e nem se deu conta, a princípio,
que depois o chão lhe fugia
que o céu todo escurecera
que estrada ali não havia
nem mais passos
nem pés, nem risos
que só algumas pegadas
deformadas por tempo e atrito
eram as plácidas testemunhas
de seu percurso finito
e, tão pequenos os pés,
cada passo pouco avançava
novidades, cantos e risos
e pouco importava o quanto
parecia longo o caminho
ou o quanto a rua crescia
bem diante de seu sorriso
mas já nem tudo floria
havia becos escuros
soluços, partidas
e sombras por trás dos muros
naquela estranha estrada
quanto mais longa a caminhada
mais queria seguir
quem sabe mesmo andar sempre
não ter nenhuma parada
não ter jamais que partir
numa tarde azul e fria
deu um passo comum, corriqueiro
e nem se deu conta, a princípio,
que depois o chão lhe fugia
que o céu todo escurecera
que estrada ali não havia
nem mais passos
nem pés, nem risos
que só algumas pegadas
deformadas por tempo e atrito
eram as plácidas testemunhas
de seu percurso finito
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imagem: claroescuro, uma brincadeira a partir de uma foto tirada na Fundação Iberê Camargo, em Porto Alegre
Um comentário:
Gosto muito dos teus posts...
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