sábado, 13 de outubro de 2012

BANANA PAULISTANA



delira a minh'alma paulistana 
entre as luzes e as gentes 
entre as sombras retilíneas
o som ininterrupto
da tecnolira estridente

somos todos tantas ilhas!

cercados de anonimato
despencamos em tola vertigem
dos andaimes viadutos
estaiadas pontes magras 
parapeitos absurdos

sinto falta do mar!
sinto falta de ar de vento e de praia!

eis que em plena concretude
surge inesperada bananeira
a desafiar a snob cosmopolita
toda toda verdeamarela 
tão plena de tropicalidade

contradita e do avesso
deixo-me levitar
vou sem peso
diluída e transparente
sobrevoo a amada cidade

Um comentário:

Ely Maria disse...

Márcia,visitei seu blog, desconhecia a existência e fiquei impressionada com a suavidade e leveza das frases com as quais você descreve os sentimentos da alma. Confesso que até me emocionei em diversos poemas com a sutileza e o frescor das palavras. Parabéns!
Você permite que eu continue a visitar sua página??
Um grande beijo.