sábado, 1 de dezembro de 2012

NOITE



há o limite da pele
a separar o que perturba
do ritmo silencioso dos órgãos

há a pele e os poros
que subvertem o contorno

há as bordas, os furos
arestas descontínuas
fronteiras

há eu
há não
há nada

nas entrelinhas sibila o vento
sussurram antigas vozes
ilumina o sonho o luar da madrugada

Um comentário:

Marcelo Brañas disse...

Muito bonito, Marcia!