a vida corre
pelos vãos do corpo
enfrenta
mutações e barreiras
vira a
melancolia pelo avesso
se impõe,
vitoriosa companheira
a vida me
toma pela mão e corremos
(crianças
descobrindo o mundo)
pelas veias
e artérias
como em
praias ou falésias
mergulhada
em risos, leve
sigo solta
no caminho que invento
e a vida lá
de dentro me expande
tanto, que já
nem sei onde é o limite
entre meu
breve corpo e o vento
sou toda
assim, água salgada
e o mar de
mim transborda
azul e livre
sou toda
assim, vida incorporada
energia sem
alma
só células e
alegria
mais nada
Imagem: Antony Gormley - Still Beeing (Corpos Presentes). CCBB - Rio de Janeiro - agosto 2012
4 comentários:
Adorei! Quero também sentir essa alegria de viver! Ariadne
é essa positividade, esse otimismo, essa alegria de viver e enxergar o melhor da vida e das pessoas, que admiro em você. Linda poesia!
Regina
Fiquei confusa com o contraste entre o texto e a imagem. A imagem mostra apenas angústia em posição fetal. Poliana
celulas e alegria! obrigada querida, contagiou! ilana
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