domingo, 21 de abril de 2013

(pós) ÓPERA (tório)




o fio roto esconde as pontas
espalhadas pelo chão
irrecuperáveis contas

fazer de miçangas de corpo
umas letras sem palavras
não há sutura que dê conta

há um hiato entre a boca e o mundo
nuvens anestésicas de silêncio absoluto

das gargantas sopranas arregaladas
ecoa o som ausente: nada




Um comentário:

Fry, from Futurama disse...

Relaxe autora. A magia de suas palavras enxotarão essa nuvem anestésica pra longe.

Mas, o importante aqui não é o que deve passar. E sim o que precisa permanecer: a vida!

Todo pós passa; pois senão não teria esse significado.

Fique.
Isso sim é o importante.