diferenças não são o fim
antes, o início, o que atrai,
a chama...
diferente é todo o não-eu que me circunda
e que observo, perplexa ou curiosa
diferente é o que não conheço
diferente é minha imagem no espelho
o isômero enantiomorfo imperfeito
sou eu mesma pelo avesso
diferente é o que quero, o que me encanta
amar o igual não é amar, é amar-se...
amar o diferente é expulsar narciso
e, mesmo que por momentânea entrega,
ver o mundo por diversos olhos...
por um instante desapareço
e desse encontro mágico retorno
mais feliz
e mais do que nunca consciente
de quem sou
e do que posso...
Um comentário:
quem te cedeu uma alma de 12 signos? uma compreensão de 20 mães? uma visão de águia, e ao mesmo tempo, de tartaruga?
admiro como surfas na poesia e na visão da realidade, espero aprender por osmose!..
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