Marcia Szajnbok
Queria captar da palavra amor
Apenas a forma
O corpo nu
Desprovido de significado
(o tal do amor-conteúdo já foi tão abusado!)
Romantismo feijão-com-arroz
Vende-se barato em qualquer parte:
Todos se amam muito!
Se estão tristes, é por falta de amor...
Se são mimados, é porque houve amor demais...
Amor de novela, com violinos ao fundo
E pôr-do-sol de cenário
E juras, e lágrimas, e suspiros, e ais...
Não quero saber desse amor gasto!
Pieguices com colorido barroco:
Não dizem nada
Não têm consistência
Não resistem à primeira chuva
São tempestades de areia
Que turvam os olhos
Mas não aquietam o coração.
Recortarei do amor apenas o nome
O esqueleto
Um oco, buraco vazio
A ser preenchido
De algum modo inusitado
Um amor com assinatura
Amor-obra-de-arte
À imagem e semelhança
De um sonho
Inventado.
Um amor assim concebido
Poderia então dedicar
Com calma e delicadeza
Com gestos lentos e toques leves
A quem soubesse escutar, comigo,
A música infinita do silêncio
Compartilhado.
Apenas a forma
O corpo nu
Desprovido de significado
(o tal do amor-conteúdo já foi tão abusado!)
Romantismo feijão-com-arroz
Vende-se barato em qualquer parte:
Todos se amam muito!
Se estão tristes, é por falta de amor...
Se são mimados, é porque houve amor demais...
Amor de novela, com violinos ao fundo
E pôr-do-sol de cenário
E juras, e lágrimas, e suspiros, e ais...
Não quero saber desse amor gasto!
Pieguices com colorido barroco:
Não dizem nada
Não têm consistência
Não resistem à primeira chuva
São tempestades de areia
Que turvam os olhos
Mas não aquietam o coração.
Recortarei do amor apenas o nome
O esqueleto
Um oco, buraco vazio
A ser preenchido
De algum modo inusitado
Um amor com assinatura
Amor-obra-de-arte
À imagem e semelhança
De um sonho
Inventado.
Um amor assim concebido
Poderia então dedicar
Com calma e delicadeza
Com gestos lentos e toques leves
A quem soubesse escutar, comigo,
A música infinita do silêncio
Compartilhado.
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