terça-feira, 22 de julho de 2008

Paisagem Marinha I



Como os navegadores de outros tempos,
Que só se orientavam por estrelas e luar,
Vou, olhos vendados, minhas mãos nas tuas,
Soltando-me às ondas prá que me conduzam
Na misteriosa rota que é aprender a amar...

Partindo sem saber qual era seu destino
Galeões perdidos, sem mapas, descobriam terras...
Assim, perplexa, também eu descubro o novo mundo
Na confiança cega, no risco de quem se entrega...

Há algo em mim que é novo e que renasce...
Surpresa, me deparo com a luz e a claridade...
Ofuscada, a princípio me embaraço
Mas, aos poucos, em nova vida perco o medo
Chego mais perto, desejo, abraço...
Aos fantasmas que me assombram já não cedo...

No espelho do mar infinito vislumbro meu sorriso
Há tempos enterrado nas areias do silêncio...
Saber te amar, tão livre, já me basta
Ainda que mais deseje, hoje de nada mais preciso...

Um comentário:

Alfredo disse...

Gostei Muuuiiiitttttooooo.......
Te adicionei e esteja certa de que passarei por aki todos os dias para viajar pelos poemas e poesias.
Abração.
Alfredo Ravanello