Marcia Szajnbok
Pés descalços
Areia e água sob minha pele
Sigo a orla tortuosa
Sem meta, porto, ou quem quer que me espere...
Distante de toda voz humana
Só o mar sussurra segredos...
Por vezes o ritmo perfeito
Se interrompe de repente
Quando a onda atinge a pedra
Sem delicadeza...
Nesse momento
Meu coração ecoa, arrítmico,
A surpresa...
Arregalo os olhos para que a luz me inebrie:
A tendresse rósea das manhãs,
O amarelo-dourado dos poentes...
À noite, o paradoxo claroescuro do luar
Torna-me a pele ainda mais branca
Quase exangue ou transparente...
Sorvo todo esse vinho
Que vem do céu escuro, das estrelas, do infinito...
Vinho tinto e encorpado com sabor de céu estrelado...
Seu efeito de euforia e calma
Todo meu corpo o sente...
Ouço musica
De algum ponto emana vago piano...
Fragmentos de conversas, vozes de algum tempo...
Sons de festa, choros, risos de crianças, cantiguinhas:
Lá em cima do piano tem um copo de veneno...
Quero prová-lo, esse vinho envenenado
Que já assassinou reis e rainhas...
Volátil, com ele evaporo
Me desfaço, desapareço...
Vejo-me, nesse momento, sobre as ondas, um reflexo:
Apenas mais uma entre a multidão de inominadas estrelas...
Areia e água sob minha pele
Sigo a orla tortuosa
Sem meta, porto, ou quem quer que me espere...
Distante de toda voz humana
Só o mar sussurra segredos...
Por vezes o ritmo perfeito
Se interrompe de repente
Quando a onda atinge a pedra
Sem delicadeza...
Nesse momento
Meu coração ecoa, arrítmico,
A surpresa...
Arregalo os olhos para que a luz me inebrie:
A tendresse rósea das manhãs,
O amarelo-dourado dos poentes...
À noite, o paradoxo claroescuro do luar
Torna-me a pele ainda mais branca
Quase exangue ou transparente...
Sorvo todo esse vinho
Que vem do céu escuro, das estrelas, do infinito...
Vinho tinto e encorpado com sabor de céu estrelado...
Seu efeito de euforia e calma
Todo meu corpo o sente...
Ouço musica
De algum ponto emana vago piano...
Fragmentos de conversas, vozes de algum tempo...
Sons de festa, choros, risos de crianças, cantiguinhas:
Lá em cima do piano tem um copo de veneno...
Quero prová-lo, esse vinho envenenado
Que já assassinou reis e rainhas...
Volátil, com ele evaporo
Me desfaço, desapareço...
Vejo-me, nesse momento, sobre as ondas, um reflexo:
Apenas mais uma entre a multidão de inominadas estrelas...
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