quinta-feira, 9 de outubro de 2008

soneto do tempo que passa


marcia szajnbok


mais me toma a perplexidade
a cada novo dia que vivo
um sopro em momento furtivo
...vai-se o cristal da felicidade

o que era para ser eterno
desfaz-se no ar em fumaça
e tempo é barco que passa
conduzindo ao paraíso ou inferno

há séculos separando
a imagem que vejo no espelho
e a cronologia da idade

alma e corpo se descolando
é marca de que se está velho
ou porta para a liberdade...


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