quarta-feira, 25 de março de 2009

[depois do passo, o nada...]


depois do passo, o nada
e não há outra mão
a responder à busca
daquela mão desesperada

delicado fio de seda
sustenta a queda
lenta
do desfeito corpo
no vazio do espaço
morto

num último alento
tenta sorver o ar da vida
mas o pranto cálido desafoga o peito
e em água de mar e lágrima
lava-se a alma da dor incontida

depois do passo, o nada
depois do nada, o grito
mais além só o silêncio
e no fim de tudo
o infinito
'

2 comentários:

Emanuel Azevedo disse...

Olá tudo bem? Desculpe só agora responder, é claro que podes usar minhas fotos no teu blog. é uma honra para mim Gosto muito dos teus posts...

Beatriz disse...

Delicado passo que mal pisa o infinito.
Vertigem poética, Márcia.
A longitude dessa estrada me assusta!