A estrelinha polar
De repente o mar fosforesceu, o navio ficou silente
O firmamento lactesceu todo em poluções vibrantes de astros
E a Estrelinha Polar fez um pipi de prata no atlântico penico.
A morte
A morte vem de longe
Do fundo dos céus
Vem para os meus olhos
Virá para os teus
Desce das estrelas
Das brancas estrelas
Das loucas estrelas
Trânsfugas de Deus
Chega impressentida
Nunca inesperada
Ela que é na vida
A grande esperada!
A desesperada
Do amor fratricida
Dos homens, ai! dos homens
Que matam a morte
Por medo da vida.
[Marcus Vinicius da Cruz de Mello Moraes -Vinicius de Moraes - dispensa apresentações. Jornalista, diplomata, compositor, cronista e, sobretudo, poeta, nos deixou algumas das mais lindas páginas da poesia brasileira. Poeta maior, poetinha apenas por carinho. Sua obra é vasta e bem conhecida. Periodicamente postarei aqui alguns poemas desses que não se ouvem a toda hora. Reler Vinícius é sempre redescobri-lo. Reler Vinicius é sempre redescobrir o amor e a vida]
fonte:http://www.viniciusdemoraes.com.br/
fonte da imagem: http://www.viniciusdemoraes.com.br/fotos/sec_fotos.php?anos=60&muda_anos=go
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