terça-feira, 2 de setembro de 2008

Luz

Marcia Szajnbok

Para que é preciso um corpo?
Há que se deixá-lo
Qual um casulo
Para que a alma
Dele se desprenda
Livre borboleta...

Estamos em muitas partes
Diluídos, dispersos
Muito além da matéria que aprisiona...

A essência é vela
Efêmera
Deixa no ar um rastro
De luz, calor, perfume...

Para isso estamos no mundo:
Deixar uma pegada
Uma marca
Um brilho, um clarão
Mesmo um único rabisco...
Depois, ir embora
Apenas apagar
Sossegados
E silenciosos.


Um comentário:

Anônimo disse...

nem sempre conseguimos ir embora sossegados .O mais comum é ir embora preocupado , mas faz parte......