quinta-feira, 4 de setembro de 2008

Soneto


Marcia Szajnbok


Porque no final das madrugadas
Ponho-me a olhar para as estrelas
Serei romântica e anacrônica?
Será preciso não mais vê-las

Prá viver num mundo pós-moderno
Em que o tempo não passa, escorre,
Onde tudo o que parece eterno
Dura só um segundo e já morre?

Na minha janela de solidão
A aurora estrelada traz teu olhar
Faz meu dia nascer e o azul brilhar...

Vasto universo que é meu coração
Sem teu brilho seria deserto
Triste céu sem estrelas por perto...
imagem: The Stary Night, Vincent van Gogh

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