Marcia Szajnbok
ásperas memórias
arranham sonhos e idéias
machucam a boca
nem chegam a ser ditas
dúvidas inundam
afogadas, as palavras
estertoram e se misturam
criam nova língua incógnita
(nunca mais direi: te amo?)
entre o branco e o preto
toda a gama do arco-íris
se projeta dos meus olhos
mas só o que vejo
é engano
é engodo ou já passou
então
no que, nisto que me resta
de futuro,
poderei crer
eu, a descrente?
para quem
ou para que
ou aonde
hei de levar meu coração
descolorido
frio
e silente?
2 comentários:
quem escreve tão bonito não tem um coração descolorido, frio e silente.
A beleza das tuas palavras provam o contrario
marcia,
o anonimo encantado com tuas palavras sou eu
Celso
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